Ministra do Esporte de Botsuana busca intercâmbio nas áreas do vôlei e futebol brasileiros

O excelente desempenho dos atletas brasileiros nas modalidades do vôlei e do futebol durante as Olimpíadas de Pequim está motivando ainda mais países da África a pleitearem o aprendizado na área do alto rendimento. A mais recente intenção foi manifestada nesta semana pela ministra do Esporte e da Cultura da República de Botsuana, Gladys Kokorwe, durante audiência com o ministro interino do Esporte, Wadson Ribeiro, em Brasília (DF).

Gladys Kokorwe relatou o interesse do presidente de Botsuana, Festus Gontebanye Mogae, classificando-o conhecedor da real importância do esporte como ferramenta de resgate social. “Nosso presidente entende que precisamos investir na juventude oferecendo diversas ações entre elas o esporte e cultura”, relatou, ao comunicar algumas iniciativas do governo africano ligadas a área. “Um grande evento esportivo de futebol, feito nos moldes dos Jogos da Primavera, está acontecendo em nosso país. O campeonato conta com três fases de classificação - a comunitária, as regionais e a nacional”.

Além da comitiva africana, também participaram do encontro da última terça-feira (9), a ministra Vera Cíntia Alvarez, chefe da Coordenação Geral de Intercâmbio de Cooperação Esportiva (CGCE), Ministério das Relações Internacionais e o chefe da Assessoria Internacional do Ministério do Esporte, José Leite de Assis Fonseca. Simpático à proposta, o ministro Wadson Ribeiro reafirmou que acordos de cooperação internacional principalmente com países da África são compromissos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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“Em janeiro deste ano, recebemos a seleção do Benin, no Engenhão, um estádio que foi totalmente reformado para a realização dos Jogos Pan-americanos de 2007. O time ficou no Rio de Janeiro durante um mês aprendendo técnicas do futebol, disputando, inclusive com outros times brasileiros”, lembrou Wadson Ribeiro. O ministro sugeriu que, a exemplo do que foi feito com o acordo bilateral com o Benim, poderia se aplicado a demanda do vôlei. “Em saquarema (RJ) existe o Centro de Excelência que detém do alojamento a equipamentos de ponta e forma desde a equipe de base à seleção principal”, explicou. Em seguida, ele orientou que comitiva africana elabore um projeto com cronograma de ações para avaliação.

A República de Botsuana conta com 1,6 milhão de habitantes sendo tsuanas 95%, calangas, basuaras e galagadás 4%, europeus 1%. Localizado no Sul da África, o país além da agricultura (sorgo, frutas, legumes e verduras), da pecuária: (bovinos, caprinos e aves), da indústria (alimentícia, bebidas, têxtil e vestuário) tem na mineração (diamante, cobre, níquel e carbonato de sódio) principais fontes da economia, responsável por 70% das exportações.

Embora Botsuana tenha crescido em um ritmo altíssimo por décadas e ainda cresça, mas com menos intensidade, o seu povo é duramente castigado pela Aids. Aproximadamente um em três habitantes de Botsuana tem o HIV, fato que coloca a expectativa de vida do pais na pior posição no ranking mundial. O governo reconhece que a Aids afeta negativamente a economia e está tentando combater a epidemia de todas as formas possíveis.